sábado, 14 de dezembro de 2013

SISTEMA RENAL E EXERCICIO

É um sistema formado por dois órgãos filtradores que recebem o sangue vindo da aorta. Temos duas artérias renais que vão irrigar este sangue, ele percorre o rim e sai dele pela veia renal. Há um sistema de coleta de fluidos que chamamos de ureter, este ureter leva o filtrado do rim até a bexiga, onde faremos o armazenamento da urina. E da bexiga temos o canal que leva ao exterior que se chama uretra. Esta artéria renal vai se bifurcar centenas de vezes até a arteríola aferente ( pois está indo em direção do glomérulo). O sangue percorre inúmeras voltas até sair pela arteríola eferente. Ao longo do percurso vamos ter a filtração glomerular. O sangue vai ser filtrado, é o filtrado glomerular e acontece na cápsula de bowman. O rim recebe cerca de 1 litro/min, é o fluxo renal em repouso. Entra cerca de 1440 litros e sai em torno de 1260 litros. O filtrado, 180 litros aproximadamente vai percorrer o néfron. E aí acontece o processo de reabsorção. 

  



Falando de atividade física com objetivo a primeira coisa a medir é o fluxo sanguíneo renal. Até 50% do VO2 máx. ela não muda. A partir daí ele começa a cair e cair bastante. Após o exercício ele pode continuar caindo. Após isto no período de recuperação o fluxo volta a subir. O curioso é que vamos ter um aumento do fluxo além dos valores de repouso. O fluxo age compensatoriamente. Para só depois horas depois voltar ao normal. Ao medir a filtração glomerular, se dependesse 100% do FSR a curva deveria ser exatamente igual. Na verdade a FG não é igual ao FSR. Após o encerramento do exercício ela continua caindo. O que ocorre é que quando o rim tem uma diminuição do FSR existem células justapostas glomerulares que monitoram continuamente o FG. Quando cai o FRG as células detectam isto e lançam na circulação renina. Consequência: aumenta a pressão glomerular. Um aumento compensatório da queda. Por isso a curva do FG cai em intensidades mais altas que a curva de FRS. A função fisiológica disto é manter a FG mesmo em condições de baixo fluxo renal. Não é porque estou em exercício que o rim tem que parar. Há um mecanismo pela via renina-angiotensina
Até 50% do VO2 max. a produção de urina não muda. A partir do fim da atividade ela estabiliza. E quando a FSR e o FG sobem a PU sobe, só não faz o pico pelo mecanismo de reabsorção.



Marcadores urinários da função renal

Analisa-se o EQU  que é o exame qualitativo de urina.
Ø      Albuminúria
Ø      Hematúria
Ø      Proteinúria
Se o atleta apresenta aumento destes indicadores fisiológicos significa que o sistema de filtração pode estar com problema. Em condições normais isto sinaliza caso de infecção renal. Se o atleta treinou a 80%, 90% do consumo máximo de oxigênio no dia anterior a coleta da amostra isto configura-se numa pseudonefrite atlética. Por quê? devido ao pico de filtrado glomerular após o exercício passamos passamos a ter uma taxa de filtração muito maior que o padrão. Começo a filtrar substâncias, moléculas, células que habitualmente não fazemos. E isto vai aparecer na urina. No caso, falso positivo.

   Curiosidades
Durante o exercício é raro alguém parar para urinar, pois temos redução do fluxo sanguíneo renal, diminuição do filtrado glomerular e diminuição da produção da urina. Alguns relatos de atividades dentro d’água sem estar se deslocando, desencadeia uma vontade maior de urinar. Por ter uma maior pressão hidrostática  gera um maior fluxo sanguíneo

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