sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

CONSUMO DE OXIGÊNIO E LACTACIDEMIA

CONSUMO DE OXIGÊNIO E LACTACIDEMIA
Para medir sistema anaeróbio um dos marcadores é o lactato, por outro lado quando o sistema é o aeróbio o marcador é o oxigênio. Consumo de oxigênio é igual a débito cardíaco multiplicado pela diferença artério venosa de oxigênio. Isto faz com que os sistemas cardíaco, respiratório e muscular se relacionem. Se pensarmos em determinado sistema aeróbio o músculo vem em primeiro lugar (o mais importante na determinação do consumo de oxigênio). Quando estamos fazendo um exercício muito intenso chega uma hora que identificamos sinal de fadiga que são falta de ar e o próprio músculo, significa que a musculatura atingiu o máximo da capacidade de extração de oxigênio e isso está fazendo o metabolismo aeróbio subir, resultado não consigo aumentar o resultado pelas vias aeróbias, tenho que recorrer ao anaeróbio. Consequência: dispneia e acidose. Podemos analisar o consumo de oxigênio de duas formas: teste retangular ou teste de escada.

O consumo máximo de oxigênio de atletas de elite em modalidades esportivas.




      
O esqui cross country é uma atividade de corpo inteiro, membro superior, membro inferior e tronco então entende-se o consumo alto de oxigênio diferente de um ciclista que só tem atividade de membro inferior. O remador tem um consumo maior que o jogador de futebol. Curioso que o remo também é um esporte de corpo inteiro e atinge este consumo numa prova de 2000m em média com duração de 6 a 8 minutos; o esqui é de 50 km, a maratona de 42 km e o ciclismo de 200 km. É uma prova curta o remo mesmo assim ela atinge este alto consumo pela massa muscular envolvida.  
O que acontece com o consumo máximo de oxigênio em relação ao processo de envelhecimento. Tenho em média a queda por década de 7 ml/kg/min do consumo máximo de oxigênio decorrente do processo de sarcopenia, queda de massa muscular que leva a queda do consumo máximo de oxigênio.
Falando em lactato, ele é um marcador de atividade glicolítica em especial anaeróbia. O que notamos de comportamento do lactato frente à carga progressiva: a concentração de lactato em cargas baixas não muda, aumento a intensidade e a concentração continua imutável e finalmente existe uma segunda intensidade a partir da qual o lactato dispara. Porque numa determinada carga a produção de lactato aumentou desproporcionalmente? Pela própria via glicolítica à medida que aumentava a carga de trabalho aumentava a produção de piruvato, só que à medida que isto ocorre demandamos mais e mais transportadores de piruvato chegando uma hora que satura. Quando satura quebra a produção, numa determinada intensidade tem saturação e a produção de lactato dispara.
Se medirmos a concentração de lactato em criança de diferentes faixas etárias. O que se verificou que crianças de idade muito precoce apresentam baixa concentração de lactato muscular, além disso, o desempenho em testes anaeróbios é significativamente mais baixo que adultos. Por quê? Se medirmos a atividade da fosfofrutoquinase em relação à idade, nas idades mais precoces a atividade é muito baixa e a partir da puberdade estabiliza. Portanto, uma criança tem baixa atividade glicolítica e baixa atividade de conversão de lactato. Conclusão: tem baixa produção de lactato. Destacando que uma criança do ponto de vista metabólico é aerobiamente melhor que o adulto e anaerobiamente inferior. Na esfera do treinamento é inconcebível o aeróbio láctico em crianças.                         


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